Me pareceu simples de fazer. Me deu água na boca. É um prato da culinária do Oriente Médio. ShakShuka. Não fiz no mesmo dia. Havia alguns ingredientes a providenciar. Mas convivi com essa água na boca desde então. Fiz na primeira oportunidade.
Servi-lo à mesa foi muito mais do que a inédita ação de cozinhar na minha vida. Foi um despertar para sensações totalmente novas.
Nunca antes eu havia conhecido o que é ter cheiro de alho e cebola nas mãos. Não havia conhecido a sensação de ter olhinhos brilhando de satisfação e prazer ao comer algo preparado por mim. Eu não sabia que esse cuidar do outro, dando alimento com tanto amor poderia me preencher com sentimentos tão bons.
Eu não conhecia o sentimento de acompanhar o alimento se transformar, o cheiro se modificar, a forma surgir. Tantos novos sentimentos nunca antes experimentados.
Além disso, eu consegui. Ficou delicioso. E foi prazeroso.
E então eu caio em mim. Em que momento eu fiz a escolha de não permitir a cozinha na minha vida? Não fiz. De tanto ser impedida de participar da cozinha porque esse espaço já era disputado o suficiente entre minha mãe e minha tia (sempre moramos todos juntos na mesma casa); a escolha que fiz foi criar pra mim mesma a crença de que cozinha não era pra mim.
A minha sorte? É que eu sempre soube que o amor. Ah! Esse sim era pra mim!
E hoje eu o fiz com tomates e ovos.
Há algo em sua vida que você tem escolhido acreditar que “não é pra você”? Será?
E se for simplesmente uma crença? Que tal temperá-la com todo o seu amor?
*Graziela Merlina - Conselheira Capitalismo Consciente Brasil | Idealizadora do HUB Consultores Conscientes @CasaMerlina | Fundadora da ApoenaRH | Game Designer | Palestrante