Artigo
Em clima de Bota-Fora
por Graziela Merlina*
Este artigo estreia um novo modelo de compartilhar reflexões e conteúdos da Casa Merlina, a partir de Janeiro, todos os meses teremos um conteúdo nos formatos áudio e texto disponíveis em nosso site.
Para saber mais acesse: https://www.casamerlina.com.br/home/blog
No artigo de hoje com o título "Em clima de Bota-Fora", espero além de ter fisgado você, navegarmos acima das polarizações deste último ano. O que desejo trazer é uma pequena reflexão de como podemos pensar de dentro para fora e de maneira consistente e consciente.
A consistência, eu trouxe dos fatos. O que podemos esperar dos comportamentos pós pandemia, eleições, guerra, crise econômica, copa do mundo e tantos outros?
Segundo podcast Gente Conversa da Globo | tendências de 2023 os principais comportamentos esperados no mundo e no Brasil são:
O pós pandemia, gerou um tempo de pensar nos afetos que envolvem a esperança e o medo e que seguem calçando os pilares do comportamento humano, não somente para 2023, mas para os próximos anos;
As incertezas estão em leve queda;
A ansiedade segue maior entre os jovens adultos de 25 à 34 anos;
A inovação ocorrida durante este período deixou exposta a ansiedade, é o novo jeito de viver;
Novas dinâmicas de trabalho foram criadas gerando dúvidas;
A saúde mental ganhou atenção, pois vivemos o movimento always on (sempre ativos);
"Convido vocês a ouvirem a íntegra deste podcast, vou deixar o link disponível em nosso site CasaMerlina.com.br e também na descritivo deste podcast."
Como podemos agir conscientemente a partir destes aspectos emocionais?
Carinhosamente, tenho alguns estímulos que pincelei do e-book "Uma Viagem de Dentro para Fora - Emoções & Cura" que foram cocriados pelos associados da Casa Merlina, e acredito virem bem a calhar com o momento. Vamos lá?
O carinho de olhar para si – Segundo o cientista e médico Bruce Lipton, os estímulos externos que o corpo recebe afetam seu funcionamento bioquímico celular, portanto, o contato consciente com as emoções internas é de extrema importância para a saúde não apenas mental, mas física. O hábito de valorizar o sentir sem desconectar-se dele, independente do tipo da emoção, cria corporalmente novos estímulos bioquímicos para alterar as disfunções corporais que ele causa.
Lembre-se deste ciclo pensar • sentir • agir
A constante leitura do corpo - O analfabetismo corporal, decorrente também de uma desvalorização do orgânico, é o ponto central para termos criado os problemas sociais, econômicos e ambientais enfrentados atualmente. Lembrar-se de que o corpo é a nossa ponte de contato com o mundo externo, ao mesmo tempo que revela nossa realidade interior, também ajuda a não lutarmos contra as emoções.
E esta experiência pode ser iniciada através de exercícios de atenção plena, tais como:
Colocar o dedo na ferida - “colocar o dedo na ferida” é acessar a emoção e dar a ela uma função de cura. Quando acessamos as feridas sob a ótica das crenças limitantes, ao invés de nos libertarmos, seguimos para estados de perfeccionismo e fuga, entre outros.
Pratique a presença e atenção para reconhecer e acolher suas emoções atribuindo uma direção à elas.
Retomar o ciclo, movimentando-se em espiral - a jornada do autoconhecimento em torno das emoções é uma viagem de autodescoberta sem fim. Ou seja, o processo de autoconhecimento se repete eternamente e inevitavelmente. Ao aceitarmos e reconhecermos esse processo, percebemos que o próprio entendimento sobre a causa e natureza das emoções modifica à medida que nossa clareza aumenta. Isso requer um processo contínuo de atenção ao que está ocorrendo em nossa mente, corpo e coração, aprendendo a explorar e nomear as emoções, reconhecer o que em nós elas estão pedindo para que seja diferente para que possam fluir em espiral.
Bora gerar movimento em espiral deixando viver o que foi acolhido e não matar o silenciado?
*Graziela Merlina - Conselheira do Capitalismo Consciente Brasil | Idealizadora do HUB Consultores Conscientes @CasaMerlina | Fundadora do Instituto Emana | Palestrante | Mentora & Investidora Social.